Neurologista Dr. Diego Dozza: Dor crônica – tratamento, ortobiológicos e medicina regenerativa
A dor crônica é um desafio significativo para a medicina moderna, afetando milhões de pessoas em todo o mundo. Diferente da dor aguda, que é uma resposta imediata a uma lesão, a dor crônica persiste por mais de três meses e pode continuar mesmo após a cura da lesão inicial. Essa condição não só causa desconforto físico, mas também pode levar a problemas emocionais e psicológicos, impactando severamente a qualidade de vida dos pacientes.
A dor crônica pode ser classificada de várias maneiras, incluindo sua fisiopatologia (nociceptiva, neuropática, nociplástica e mista), padrão (episódica ou contínua) e intensidade (fraca, moderada ou forte). A dor nociceptiva surge de uma lesão tecidual, como a dor nas costas após um dia exaustivo. A dor neuropática resulta de danos nos nervos, como a sensação de queimação em pacientes com diabetes. A dor nociplástica é associada a condições como fibromialgia e enxaqueca.
A fisiopatologia da dor crônica é complexa e envolve alterações no processamento dos sinais de dor pelo sistema nervoso, um fenômeno conhecido como “sensibilização central”. Isso faz com que estímulos leves sejam percebidos como dolorosos, exacerbando a experiência de dor.
Tratar a dor crônica requer uma abordagem multidisciplinar, que pode incluir medicamentos, terapias físicas, apoio psicológico e, em alguns casos, procedimentos cirúrgicos ou de intervenção. Entre as opções mais avançadas estão a estimulação magnética transcraniana (TMS), a estimulação medular (SCS), a estimulação cerebral profunda (DBS) e a bomba intratecal de infusão de fármacos (TDD). E atualmente a medicina regenerativa vem ganhando força e já há muitos artigos científicos evidenciando sua ação.
A medicina regenerativa é um campo em constante evolução, focado na restauração da função e estrutura dos tecidos e órgãos danificados. As células-tronco, especialmente as células medicinais sinalizadoras (um subtipo de célula-tronco), têm se destacado como uma ferramenta promissora, particularmente no tratamento da osteoartrite de joelho.
As células-tronco têm a capacidade de se diferenciar em vários tipos celulares, promovendo a regeneração dos tecidos. Existem diferentes tipos de células-tronco, classificadas de acordo com sua origem e potencial de diferenciação.
As células-tronco mesenquimais, ou células medicinais sinalizadoras, são encontradas em praticamente todos os tecidos adultos e desempenham um papel crucial na medicina regenerativa. Elas possuem propriedades regenerativas e imunomoduladoras, ajudando a diminuir a inflamação e promover a reparação do tecido danificado.
Essas células podem ser injetadas diretamente na articulação ou tecido danificado, onde liberam moléculas sinalizadoras e fatores de crescimento que estimulam a regeneração dos tecidos. Além disso, elas modulam o sistema imunológico, reduzindo a resposta inflamatória que contribui para a progressão da osteoartrite.
A dor crônica é uma condição tratável, e a medicina regenerativa oferece novas esperanças para pacientes que sofrem com essa condição debilitante. Com o avanço das terapias baseadas em células-tronco e outras abordagens inovadoras, estamos cada vez mais preparados para aliviar o fardo da dor crônica e melhorar a qualidade de vida dos nossos pacientes. Se você ou alguém que você conhece está sofrendo com dor crônica, não hesite em procurar ajuda especializada. “A dor é inevitável, mas o sofrimento é opcional.”
Locais de atendimento:
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