A DESCONSTRUÇÃO DO SER E DA SOCIEDADE – Evans Melo, advogado
Desconstruir a sociedade e desconstruir o ser é uma estratégia para dominar com a ajuda de quem será dominado. Assim, oprimir sem que oprimido veja, mas contribua para sua opressão é uma ação planejada e que se mostra em várias ações cotidianas do opressor e seus asseclas.
Veja que o termo descontruir é usado de modo arraigado no cotidiano, ou seja, a mensagem subliminar e até mesmo explícita está inserida em vários mecanismos socais e de mídia, mas seu alcance pode mais efetivo e destrutivo nos meios de entretenimento, onde a desconstrução surge como uma mensagem despretensiosa, mas traduz um verdadeiro Cavalo de Tróia, do qual a vítima (telespectador), tal qual os troianos, insere em sua própria casa e mente espontaneamente o inimigo e sua arma de destruição.
São vários os mecanismos que vislumbramos hoje com esse formado destrutivo e dominador, mas um em especial deve ser salientado, pois está associado diretamente a nosso dia a dia e que afeta uma necessidade básica de sobrevivência, ou seja, a alimentação.
Parece teoria da conspiração, mas é fato e diante de fatos não há argumentos.
Veja que há vários programas de culinária, notadamente capitaneados por pessoas que aplaudem ou veneram práticas questionáveis, tais programas do ramo do entretenimento são dissimuladamente mecanismos de doutrinação por meio de mensagens subliminares e termos que são usados para doutrinar e dominar sem que o telespectador sinta sua mente sendo tomada.
É arraigado o uso da desconstrução nos pratos tradicionais, como se isso fosse uma ideia criativa, mas na verdade é uma estratégia de dominação implícita no seu objetivo e na sua prática. Na verdade, essa ação visa incutir na mente dos telespectadores a necessidade de desconstruir as coisas boas, o que ocorre de modo pragmático e direcionado para impor uma forma de não pensar em criar, mas de destruir o que já foi criado, notadamente aquilo que traduz tradição e estabilidade social.
Qual o motivo de não estimular a criatividade e o pensamento produtivo e construtivo?
O objetivo é claro, há que se incutir, através da destruição da culinária tradicional a ideia de destruir, dividir e extinguir o tradicional, mas jamais criar de modo livre e original e com a manutenção do tradicional, pois essa é a barreira para a dominação.
Esta premissa de desconstruir é clara e domina a mente de modo negativo, levando o telespectador a entender que o tradicional deve ser destruído, mas a originalidade não pode, ao mesmo tempo, ser instigada, ou seja, não crie, apenas destrua. Desta forma, desconstruiu não é uma ideia de novo, mas de destruição do que já existe com total falta de criatividade.
Essa situação de destruir está inserida em vários contextos, inclusive na arte, onde as pessoas, incapazes de criar, muito pela doutrinação destrutiva, passam a destruir a história e notadamente obras de arte como forma de serem vistas, pois sua incapacidade de criar foi destruída e a ideia de destruir para se encaixar nos grupos é propagada inclusive na base educacional e cultural, que deveriam estimular o pensamento positivo para a criação e não destruição. Podemos ver a forma de arte que é fomentada e estimulada, inclusive por recursos públicos, onde não há uma única vertente criativa, mas destrutiva e com nítido intento de arruinar o ser humano, o tornado um agente de sua própria destruição e um vetor de disseminação dessa prática nefasta.
São inúmeros os ataques a obras de arte históricas e que exprimem alto grau de criatividade e habilidades, notadamente para as respectivas épocas que foram criadas, mas o pensamento desconstrutivo instiga as pessoas a destruírem tais obras, pois representariam uma opressão, quando na verdade são exatamente o contrário.
Na verdade, as obras são a materialização da criatividade, que é totalmente contra o interesse dos propagadores da teoria da desconstrução, então sua destruição seria a única forma de ser ou aparecer, pois a mente poluída pela doutrinação e limitada pela ideia de não criar, mas destruir, não consegue ser e agir sem destruir.
Desta forma, a pessoa não pensa em criar, ser criativa e colocar sua mente para funcionar de modo positivo e produtivo, mas sim de destruir, o que vai minando a capacidade intelectiva positiva e fomentando a incapacidade de conceber a evolução e o pensamento criativo, de modo que para ser visto ou aplaudido pelas mentes manipuladoras e manipuladas há que destruir.
O que se vê, desta forma, é o lançamento do ser humano em um abismo destrutivo, onde a própria ação lhe coloca no rumo da destruição, pois a alienação mina o intelecto.
Assim, quem cria é atacado e quem destrói é ovacionado pelas mentes vazias e dominadas pela aversão à criatividade.
A reversão dessa prática nefasta passa pela reformulação da educação e resgate de valores, mas sobretudo pela conscientização do ser.