• 12 de outubro de 2024

Surto de dengue assusta a população de Frederico Westphalen

 Surto de dengue assusta a população de Frederico Westphalen

Cresce de forma alarmante o número de pessoas afetadas pela Dengue em Frederico Westphalen. Há vários dias ocorreram mortes e muitas pessoas tiveram que ser hospitalizadas. Muitas pessoas, mesmo com sintomas, não comunicam as autoridades da saúde e por isso ocorre uma subnotificação dos casos.

A população está alarmada com a situação, além de fazer a sua parte da eliminação dos criadouros, exige mais ação do Poder Público. “Querem que mais pessoas fiquem doentes ou vão a óbito”, além da um morador.

Médico

O médico Cláudio Borges Fortes informou ao jornal RS NORTE que é grande a procura de pessoas infectadas que se dirigem ao Hospital Divina Providência (HDP). “Diariamente chegam pessoas com a doença. Nós acompanhamos vários pacientes internados e colegas médicos tratam de outros pacientes, uma situação bem complicada em Frederico Westphalen”, destaca.

O médico disse, ainda, que está sendo solicitado ao Poder Executivo que seja destinado mais um médico no atendimento presencial. “Um profissional apenas não dá conta da demanda e as pessoas reclamam da demora, por isso é preciso de mais um médico, isso é urgente”.

Cláudio Borges Fortes lamenta que os postos de saúde estejam fechados no final de semana. “A Prefeitura anunciou que seria montada uma estrutura para agilizar o atendimento e fazer frente a esse grave problemas, mas na prática nada está ocorrendo”, alerta.

A população também precisa fazer a sua parte, eliminando locais infestados.

Advogado Evans Melo faz alerta

Na sua última coluna o advogado Evans Melo, colunista do jornal RS NORTE fez questionamentos em relação à Dengue em Frederico Westphalen.

“Novamente temos que abordar o tema DENGUE, pois Frederico Westphalen está tomado pela doença e já registra óbitos, inclusive de uma jovem. Todavia, a administração pública nada ou pouco fez para controlar a epidemia. Ações concretas e efetivas não são vislumbradas ou são ineficazes em face do aumento exponencial dos casos de dengue em nossa cidade. O que se vê é uma omissão sistemática, que vem do governo federal e abarca os governos estadual e municipal. A nível de município verificamos carros de som pedido para pagarmos o IPTU, mas nada voltado para a prevenção ou combate à dengue, já a pintura do meio-fio está a pleno vapor, dispendendo recursos valiosos que poderiam ser utilizados para o combate efetivo da dengue e melhorias no sistema de saúde. Quantos precisarão ficar doentes ou morrer para que algo efetivo ser feito? Quem será responsabilizado pela epidemia anunciada e em curso decorrente da omissão, falta de planejamento e inação?

DENGUE II:

A epidemia de Dengue apenas demonstra que a administração pública está voltada para o famoso “pão e circo”, ou seja, Frederico em Luz e o meio-fio das ruas bem pintadinhos, toldos na praça e shows de fogos, música e luzes, mas a saúde das pessoas está em último plano, é muita mídia e pouca ação concreta em prol da população. Pessoas não conseguem fazer testes de dengue, seja por falta de materiais seja por falta de orientação, além disso, são contaminadas em face de focos em locais públicos que deveria sem cuidados pela administração pública. As redes sociais da prefeitura trazem o mundo das maravilhas para Frederico Westphalen, mas a realidade é sombria, principalmente na área da saúde. O atual prefeito pouco ou nada faz e o vice é mais prefeito do que o próprio prefeito, mas sem um comando definido o barco anda sem rumo e a população está pagando com a saúde abalada e até mesmo com a vida. A que ponto chegou a despreocupação com Frederico Westphalen e sua população? lamentável o que vem ocorrendo, será que há alguma perspectiva positiva em face do cenário atual?

DENGUE III: OMISSÃO DO LEGISLATIVO E CPI DA DENGUE

A Câmara de Vereadores e seus vereadores estão calados em face da maior epidemia de Dengue da história de Frederico Westphalen, nenhuma palavra ou atitude do Poder que deveria fiscalizar é ouvida. Centenas de casos de dengue e mortes são ignorados e não há uma única atitude do Poder Legislativo. Aliás, diante do caos e omissão em curso, caberia seguramente uma CPI para apuração de responsabilidade pela situação deplorável que o município se encontra. Será que atitudes preventivas da administração pública e fiscalização preventiva do Poder Legislativo teriam evitado esse surto e as mortes que ocorreram? Isso deve ser apurado e o Poder Legislativo deveria pensar em fiscalizar e identificar as causas dessa catástrofe anunciada. Para tanto se faz pertinente a instauração urgente de uma CPI da Dengue e da Saúde. Será que a Câmara irá cumprir seu papel ou irá ficar calada, como está, em face dessa situação gravíssima que vivemos?

69 ANOS DE FREDERICO WESTPHALEN

 A população de Frederico Westphalen está de parabéns pelos 69 anos do município, essa cidade foi edificada pelo trabalho árduo da comunidade e de visionários que dedicaram sua vida por este sonho. Em que pese o atual momento que o município vive, não se pode esquecer que as pessoas de bem, os pioneiros e atuais cidadãos frederiquenses são a base dessa cidade e irão dar a volta por cima e colocar Frederico Westphalen no local que merece, independente de situações adversas. Que o espírito desbravador e empreendedor que pulsa em nossa comunidade seja maior e que dias melhores venham com nosso trabalho e dedicação à amada Frederico Westphalen. Parabéns a quem dedica sua vida e recursos para esta cidade.

 QUAL A SITUAÇÃO?

Qual a situação dos agentes de combate a endemias de Frederico Westphalen, seu trabalho é de suma importância, será que estão sendo municiados com os equipamentos e informações necessárias para cumprirem seu mister?

FISCALIZA FREDERICO

Hoje não há como falar de outro assunto que não seja a dengue e o Fiscaliza Frederico quer saber quando e como o Poder Público irá tomar medidas concretas contra a disseminação dessa enfermidade, pois o limite do razoável foi suplantado e a omissão vem causando mortes. O que será feito?

Ministério da Saúde

Segundo o Ministério da Saúde, a dengue é uma doença febril aguda, sistêmica, dinâmica, debilitante e autolimitada. A maioria dos doentes se recupera, porém, parte deles podem progredir para formas graves, inclusive virem a óbito. A quase totalidade dos óbitos por dengue é evitável e depende, na maioria das vezes, da qualidade da assistência prestada e organização da rede de serviços de saúde.

Todo indivíduo que apresentar febre (39°C a 40°C) de início repentino e apresentar pelo menos duas das seguintes manifestações – dor de cabeça, prostração, dores musculares e/ou articulares e dor atrás dos olhos – deve procurar imediatamente um serviço de saúde, a fim de obter tratamento oportuno. No entanto, após o período febril deve-se ficar atento. Com o declínio da febre (entre 3° e o 7° dia do início da doença), sinais de alarme podem estar presentes e marcar o início da piora no indivíduo. Esses sinais indicam o extravasamento de plasma dos vasos sanguíneos e/ou hemorragias, sendo assim caracterizados:

  • dor abdominal (dor na barriga) intensa e contínua; 
  • vômitos persistentes;
  • acúmulo de líquidos em cavidades corporais (ascite, derrame pleural, derrame pericárdico);
  • hipotensão postural e/ou lipotímia;
  • letargia e/ou irritabilidade;
  • aumento do tamanho do fígado (hepatomegalia) > 2cm;
  • sangramento de mucosa; e
  • aumento progressivo do hematócrito.

Passada a fase crítica da dengue, o paciente entra na fase de recuperação. No entanto, a doença pode progredir para formas graves que estão associadas ao extravasamento grave de plasma, hemorragias severas ou comprometimento de grave de órgãos, que podem evoluir para o óbito do indivíduo. 

Todas as faixas etárias são igualmente suscetíveis à doença, porém indivíduos com condições preexistentes com as mulheres grávidas, lactentes, crianças (até 2 anos) e pessoas > 65 anos têm maiores riscos de desenvolver complicações pela doença.

TRANSMISSÃO

O vírus da dengue (DENV) pode ser transmitido ao homem principalmente por via vetorial, pela picada de fêmeas de Aedes aegypti infectadas. Transmissão por via vertical (de mãe para filho durante a gestação) e por transfusão de sangue são raros.

RS Norte

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