Neurologista Dr. Diego Dozza: Menopausa – Uma Odisseia entre Dor e Resiliência

A menopausa, uma fase inevitável na jornada de vida de toda mulher, é frequentemente circundada por desafios diversos. Apesar de ser um processo natural do envelhecimento, a menopausa está associada a uma série de sintomas físicos e emocionais, sendo as dores um dos mais predominantes. Mas, nem por isso, precisa ser atravessada com dor e sofrimento.

Com o aumento da expectativa de vida, as mulheres estão vivendo mais anos no período pós-menopausa. As dores relacionadas à menopausa não afetam apenas a qualidade de vida pessoal, mas também impactam a produtividade no local de trabalho e aspectos econômicos decorrentes da falta de dias de trabalho e do tratamento médico. Estima-se que mais de 70% das mulheres na menopausa lidam com algum tipo de dor regular.

A dor na menopausa é muitas vezes multifatorial. As alterações hormonais, particularmente a queda do estrogênio, afetam a interpretação do corpo à dor e são uma das causas principais de experiências dolorosas. A dor crônica e a fibromialgia são condições que frequentemente aumentam em prevalência durante essa transição, impactando seriamente a qualidade de vida das mulheres. Todas estas alterações ocorrem devido à sensibilização do sistema nervoso.

Embora a intensidade e o tipo de dor possam variar, técnicas como terapia hormonal, terapia psicossocial e exercícios são recomendadas para reduzir a percepção da dor. De suma importância é a realização de uma intervenção precoce e contínua para mitigar os sintomas.

Estudos evidenciam que mulheres que seguem um plano de exercícios regulares apresentam reduções significativas nos níveis de dor. Essas estratégias de manejo, além de trazerem alívio físico, auxiliam na estabilização emocional ao fomentar sentimentos de controle e resiliência. Tudo isso por liberação de hormônios endógenos de controle da dor.

Além dos tratamentos físicos há uma gama de recursos médicos intervencionistas para auxiliar no alívio dos sintomas, que variam desde o emprego de nutracêuticos até intervenções percutâneas. Além disso, a sensibilização e a educação sobre a dor na menopausa são essenciais não só para quem passa por ela, mas também para as comunidades médicas e empregadores que poderão oferecer suporte ajustado às necessidades específicas destas mulheres.

Esta fase é composta de desafio e superação, mas a dor durante a menopausa não precisa ser enfrentada sozinha, e cada mulher merece o recurso e a compaixão de uma comunidade compreensiva. E nunca se esqueça de que a dor pode ser inevitável, mas o sofrimento é opcional, e depende de você buscar auxílio para isso.

Neurologista Dr. Diego Dozza

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