• 4 de outubro de 2024

VAI FICA PIOR! Paparico Bacchi: “Setor avícola gaúcho está sob ameaça do decretaço do ‘Fim do Mundo’”

 VAI FICA PIOR!  Paparico Bacchi: “Setor avícola gaúcho está sob ameaça do decretaço do ‘Fim do Mundo’”

A cadeia produtiva da avicultura gaúcha é mais um importante segmento da nossa economia que está sofrendo gravemente com o decretaço do governador Eduardo Leite, que retira incentivos fiscais de muitos setores empresariais e também de produtos, como carne e ovos, da cesta básica. Estes foram alguns dos problemas ouvidos pelo vice-presidente da Assembleia Legislativa do RS (ALRS), deputado Paparico Bacchi (PL), em reunião realizada na quarta-feira (21), com José Eduardo dos Santos, presidente da ASGAV (Associação Gaúcha de Avicultura), realizada no Parlamento gaúcho.

Segundo o presidente, o RS é o terceiro maior produtor do setor avícola no país, gerando 35 mil empregos diretos e 600 mil indiretos, e produzindo, por ano, 1.800 mil toneladas e exportando 739 mil toneladas da produção. Em 2023, a cadeia produtiva da avicultura gerou um faturamento de 14 bilhões, mas o Paraná lidera o ranking brasileiro como o primeiro em importação e exportação.

Eduardo explica que o setor enfrentou graves crises, como três estiagens e a pandemia, que fizeram com que o milho aumentasse de 70% para 100% o seu custo, mas, apesar de todas as dificuldades, o preço final do frango não teve aumento. A tendência para o futuro do setor avícola gaúcha é nada favorável. O Presidente da ASGAV alerta para o risco da atividade no RS, devido aos decretos de retirada dos incentivos fiscais e também sobre a retirada de produtos tradicionais da cesta básica, como a carne e os ovos. Ele destaca também que a crise das indústrias vai aumentar e exemplifica relatando que quatro empresas já estão entrando em recuperação fiscal, aqui no estado.

O líder da ASGAV ressalta que a avicultura gaúcha vem perdendo espaço, sendo que 52% da carne comercializada é proveniente de fora, pois o fato é condicionado à vantagem das cargas tributárias de outros estados serem menores do que as do RS. Ele acrescenta que a avicultura movimenta muitos outros setores como o de máquinas, serviços e plásticos, bem como profissionais técnicos de engenharia e diversas outras áreas, que também serão afetadas pelos cortes dos incentivos fiscais. Além disso, o RS possui cargas tributárias muito altas que afastam as empresas do estado que, por sua vez, migram para outros mercados, produzem e abastecem a cadeia produtiva interna fornecendo seus materiais. Para tentar barrar este movimento, Eduardo relata que o setor já criou campanhas de conscientização para a população gaúcha adquirir produtos fabricados aqui mas, a tendência é de que o RS não consiga competir com outros estados.

Para o presidente da Associação Gaúcha de Avicultura, com a retirada dos incentivos fiscais, a propensão das indústrias é de segurar os investimentos e diminuir os custos, com o intuito de diminuir os prejuízos.  Para se ter uma ideia do panorama avícola no estado, no ano de 2022, as indústrias no RS investiram R$ 379 milhões no setor. mas, o novo cenário caótico de falta de atrativos às empresas deixará o estado sem competitividade para trazer novos empreendimentos ou, até mesmo, manter os que estão no estado hoje.

O deputado Paparico Bacchi reforçou seu compromisso com o povo gaúcho: “De terceiro maior produtor de aves do Brasil, em breve, perderemos este posto, se as coisas não melhorarem. Como vice-presidente do Parlamento gaúcho tenho a obrigação de lutar pela economia do estado. Não vamos deixar que canetaços do Executivo estadual quebrem o RS. Os gaúchos não podem pagar esta conta”, concluiu o vice-presidente da ALRS.

RS Norte

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