• 23 de maio de 2025

Técnica inédita em Passo Fundo é utilizada pela equipe do Hospital de Clínicas para tratamento de epilepsia refratária

 Técnica inédita em Passo Fundo é utilizada pela equipe do Hospital de Clínicas para tratamento de epilepsia refratária

Implante de estimulador de nervo vago é alternativa para a redução das crises em pacientes sem resposta à medicação ou inviabilidade de outro tratamento neurocirúrgico

Uma técnica inovadora chamada no meio médico de VNS (Vagus Nerve Stimulation) ou estimulador de nervo vago apresenta resultados positivos para a redução do número e da intensidade das crises epilépticas. No mês de abril, a equipe do Hospital de Clínicas realizou o primeiro procedimento de implante de estimulador de nervo vago, fato ainda inédito na região Norte do Rio Grande do Sul. Apenas Porto Alegre e Caxias do Sul foram as outras cidades do Estado a registrar este procedimento.

O neurocirurgião responsável pelo procedimento, Dr. Leonardo Frighetto explica que eletrodos são posicionados no nervo vago, a nível do pescoço, e conectados a um dispositivo semelhante ao marca-passo, chamado de neuroestimulador, implantado abaixo da clavícula do paciente. “O que esse aparelho faz é induzir o estímulo elétrico para este nervo e este estímulo se estende em direção ascendente para o cérebro, espalhando-se em vários pontos do cérebro e bloqueando as crises.”

Os níveis de estímulo são avaliados periodicamente e ajustados de forma gradual, acompanhando a evolução e os ajustes de medicamentos. O paciente que passou por esse procedimento inédito no HCPF já chegou a manifestar até seis crises convulsivas durante um dia. “Este paciente apresentava mais de uma convulsão diariamente e esteve em vários centros em busca de tratamento. Esta cirurgia é destinada para este tipo de caso, sem resposta a outras alternativas.” complementa Dr. Frighetto.

Este é considerado um método minimamente invasivo, impactando a qualidade de vida do paciente e em seu desenvolvimento.  “A maior indicação é para crianças e pré-adolescentes, podendo se estender a outras idades, a partir de avaliação dos pacientes.” explica o neurocirurgião.

RS Norte

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