QUESTIONANDO!! Evans Melo – Advogado
UM ESTADO SEM GOVERNO, MAS COM DOIS “GESTORES”
O Rio Grande do Sul está à deriva e a catástrofe que nos assolou apenas mostrou isso de modo mais intenso. Para se ter uma Idea clara da situação, a população civil se organizou de modo orgânico e agiu habilmente, ao passo que os governos do estado e federal restaram paralisados ou sem ações efetivas, o que somente começou timidamente a mudar quando a pressão popular e a mídia limpa passaram a cobrar de modo intenso e mostrarem a realidade. Todavia, o mais grave é que agora o nosso estado, que estava sendo mal administrado, terá dois “governadores”, pois o governo federal nomeou outro “governo provisório” para “ajudar” na reconstrução do estado. Não há, todavia, um mínimo de planejamento ou esboço de ações, pois as medidas que até agora foram tomadas custarão caro ao nosso povo. O que será que este governo paralelo irá fazer? Será que a tragédia pode ser usada como palanque eleitoral de um governo sem popularidade? Será legal e constitucional essa situação ou será uma usurpação do poder?
O GOVERNDO DO RIO GRANDE DO SUL E O SEU PRÓPRIO POVO
A Revolução Farroupilha é um símbolo do nosso estado, pois demonstra que a tirania, a imposição de confisco e cerceamento de liberdades nunca foi aceita pelo nosso povo, que lutou por sua liberdade e pelo fruto de seu trabalho. Hoje vemos um governo federal que subjugou o fraco governo estadual, limitando até mesmo nossa existência, na medida que se apropria de nossas riquezas, de nossa liberdade e nos impõe as mais variadas restrições e absurdas regras de comportamento. Desse modo, temos uma situação semelhante àquela que deflagrou a revolução iniciada em 20 de setembro de 1835, mas nossa luta agora é institucional, embora fique claro que as instituições perderam sua essência com o abuso perpetuado por pessoas que estão no poder. A tragédia que assolou nosso estado veio a nos mostrar a face mais cruel desse abuso contra o povo gaúcho, talvez se igualando ao período em que o império se punha como dono de nossas vidas e era nosso flagelo. Os mesmos motivos nos levam a questionar o que o povo gaúcho fará para repor a sua soberania, pois além de nossos esforços conjuntos para superar essa adversidade da natureza, temos que unir forças para, democraticamente, reestabelecermos e resgatarmos nosso estado, nosso estilo de vida, nossa cultura, nossa liberdade e sobretudo nossa própria existência como povo que se governa e jamais se deixou subjugar por tiranos. Então o que podemos fazer para que voltemos a ser um exemplo de liberdade e união?
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João 8:32 – E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará.