• 7 de dezembro de 2024

A HISTÓRIA DA ONCOLOGIA: PROMESSAS, HOLOFOTES, MUITAS VERBAS, OBRAS SEM FIM, ELEIÇÕES E POPULAÇÃO SOFRENDO.

 A HISTÓRIA DA ONCOLOGIA: PROMESSAS, HOLOFOTES, MUITAS VERBAS, OBRAS SEM FIM, ELEIÇÕES E POPULAÇÃO SOFRENDO.

– O advogado Evans Melo, neste trabalho de investigação e elaboração do documentário sobre a História da Oncologia no HDP de Frederico Westphalen traz mais informações relevantes.

– Capítulo VI : Clínica Oncológica, câncer em família, anos de trabalho e ao final descaso e utilização da ideia por quem não a teve.

Muitos não sabem como a Oncologia chegou aos holofotes e em propaganda eleitoral até o início das obras ocorrida em 2024, então vamos contar um pouco dessa história que trata de sofrimento familiar e pessoal, espera, burocracia e muita falta de capacidade de gestão, então vamos ver um resumo do que ocorreu. Ainda no longínquo 2008, uma família que havia passado pelo sofrimento causado pelo câncer teve a ideia e atitude de trazer para Frederico Westphalen uma Clínica Oncológica para tratamento quimioterápico, o que reduziria as viagens e sofrimento das pessoas que são obrigadas a fazer o tratamento fora de nossa cidade. Para tanto, dedicou esforços e recursos próprios para fazer o projeto da obra, garantir profissionais habilitados que pudessem atuar na área, firmar convênios com o HDP, atuar perante órgãos responsáveis, o Município de Frederico Westphalen e Estado do Rio Grande do Sul, tudo para garantir recursos fazer contratos, em suma, todo o trabalho burocrático, técnico e legal para uma obra dessa envergadura fosse iniciada e o serviço fosse implementado modo legal e técnico em nossa cidade. O trabalho burocrático perante a 19ª Coordenadoria Regional de Saúde teve início em 06 de outubro de 2008, quando foi protocolado pedido para abertura da Clínica de Oncologia especializada em Quimioterapia. Aliás, o Conselho Municipal de Saúde, a então gestão e conselhos do HDP e a Secretaria Municipal de Saúde aprovaram o serviço para o HDP. A documentação inicial e encaminhamentos foram apresentados na 19ª Coordenadoria Regional de Saúde ainda em 2008. No entanto, entre outubro de 2008 e maio de 2010 a burocracia ou falta de ação da 19ª CRS impediu a evolução, sendo que um membro do HDP postulou em reunião a retomada do projeto no ano de 2010. No entanto, o assunto somente voltou a andar em outubro de 2013, quando o Presidente do HDP enviou ofício ao novo Coordenador da 19ª CRS, pois o Coordenador anterior havia sido substituído em face da troca de governo estadual. Veja que entre os anos de 2008 até 2013 não se teve evolução ou seja, o Coordenador da 19ª no período 2007/2010 parece ter engavetado o projeto, que somente foi retomado no terceiro ano mandato do governo seguinte, pois segundo informações extraoficiais o projeto não estava sendo encontrado na 19º CRS. Com essa retomada ainda no ano de 2013, houve evolução e no ano de 2014/2015 o projeto foi contemplado com R$800.000,00 para construção (o total foi de R$1.211.276,58, sendo os R$800.000,00 da consulta popular o restante em contrapartida do Município), sendo que os trâmites administrativos tiveram andamento e o projeto foi devidamente aprovado no ano de 2015, veja:

Veja que houve até aprovação de um plano de trabalho, Mas no ano de 2015 houve mudança de governo e, como visto, o antigo Coordenador da 19ª CRS retornou ao cargo e novamente o processo parou na resolução acima, mesmo com vários pedidos do HDP para prosseguimento e com todos os trâmites e documentos solicitados tendo sido entregues. Então, entre o ano de 1015 e meados de 2017 nada foi feito de produtivo. Mas no ano de 2017 houve uma mudança abrupta na situação, pois outros agentes colocaram a Oncologia nos planos e agiram para confecção de um novo projeto, consulta popular e outras atividades, deixando de fora aquelas pessoas que trabalharam arduamente por anos, aliás, estes novos agentes valeram-se das ideias, documentos, do labor, dedicação, esforço, investimentos, muito sofrimento (pois foram anos de trabalho que teve como principal causa um câncer familiar) e de muito trabalho daquelas pessoas e até mesmo do trabalho do HDP, tudo sem o devido reconhecimento e colocando de lado essas pessoas e instituições, assumindo a postura de idealizadores da Oncologia e de um trabalho que em até então não foi seu. Vale ressaltar que instituições da cidade valorizaram a ideia e lutaram por ela, mas isso não retira o mérito de quem deu início ao trabalho e percorreu uma longa jornada, tampouco coloca esses novos agentes como os idealizadores do projeto. Não obstante, o assunto entrou para a política, ou seja, a Oncologia passou de um serviço para a população para um palco político, sendo utilizada de modo indevido e oportunista em palanques políticos com recebimento de recursos sem a devida aplicação, utilização do sofrimento como palanque eleitoreiro e total descaso com as pessoas que sofrem com essa enfermidade, o que pode ser visto nos outros capítulos. Aliás, imperioso ressaltar que por anos esses que usam a Oncologia como grande feito, apenas olharam e até mesmo parecem ter atravancado o andamento do projeto, mas quando foi pertinente hastearam a bandeira como se fosse sua e foram para as fotos, holofotes, busca de recursos, promessas e inauguração fake e promessas milagrosas, mas nada de efetividade. Bem esse capítulo é fundamental para que se ter uma noção de quão profundo é esse assunto e para ter uma visão do motivo de alguns políticos usarem a Oncologia, pois nos próximos capítulos vamos ver mais coisas no mínimo questionáveis e até mesmo ilegais sobre a Oncologia. Todavia, devemos aplaudir aqueles que iniciaram o trabalho e por anos fizeram o trabalho pesado e burocrático para esse serviço. Vejam os próximos capítulos.

RS Norte

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